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Cadê os reforços? Entenda os bastidores de por que Palmeiras não contratou ninguém na janela de transferências

A falta de reforços fez com que a presidente Leila Pereira e o diretor de futebol Anderson Barros fossem duramente criticados por torcedores.

 

 

No período, que se iniciou no dia 3 de julho, o clube até se movimentou por contratações, na tentativa de encontrar um chamado “camisa 5”, que seria peça de reposição para Danilo, negociado com o Nottingham Forest, da Inglaterra, ainda no início deste ano.

 

A ESPN apurou alguns fatores que levaram o Palmeiras a passar em branco neste mercado de transferências e por que o clube, mesmo com a percepção de “endinheirado”, não realizou grandes investimentos para atender o que era, inclusive, pedido do técnico Abel Ferreira.

 

Nos bastidores, o próprio clube reconhece que demorou a buscar um novo meio-campista.

 

O Palmeiras sabia que Danilo tinha grandes chances de ser negociado, mas não se precaveu no mercado, fazendo com que Abel precisasse fazer uma alteração tática na equipe – então “camisa 8”, Zé Rafael foi recuado, e Gabriel Menino ganhou uma oportunidade entre os titulares.

 

Ainda na janela anterior, no início da temporada, o Verdão tentou a contratação de Allan, então no Atlético-MG e negociado com o Flamengo nas últimas semanas. No entanto, na época, por não considerar ter reposições à altura no elenco, o Galo bloqueou as conversas.

 

Já no atual mercado, jogadores como Aníbal Moreno, do Racing, e Santiago Hezze, do Huracán, foram apontados como alvos do Palmeiras nas últimas semanas.

Mas, com o passar dos dias, as conversas esfriaram, e a equipe vai com o que tem até o final do ano – ainda há possibilidade de contratação de jogadores sem contrato, mas não é o cenário que se desenha para o clube alviverde.

 

Entre os dois nomes estrangeiros, o Palmeiras chegou a ter negociação avançada por Aníbal Moreno, mas desde o início das conversas indicou que não estava disposto a chegar no valor de US$ 9 milhões (R$ 43,2 milhões na cotação atual) pedido pelo Racing.

 

O Verdão entende que chegou o mais perto possível disso, mas os argentinos rejeitaram a oferta.

 

É que a diretriz que o Palmeiras traçou para o mercado era de não “fazer loucuras” que pudessem comprometer sua situação financeira. Por isso, a missão por Moreno foi abortada.

 

Hezze foi um “plano B” na busca por um meio-campista. A explicação para o negócio não prosperar, no entanto, foi diferente.

 

A avaliação foi de que uma possível investida pelo jogador seria um “movimento de alto risco”, já que se trata de um atleta ainda em formação (tem 21 anos) e com pouca experiência fora de sua terra natal, o que poderia acarretar em longo tempo de adaptação e possíveis dificuldades em campo.

 

Uma situação semelhante aconteceu com os dois atacantes contratados pelo Verdão ainda em 2022: Miguel Merentiel e “Flaco” López. O primeiro, vindo do Defensa y Justicia, não conseguiu se adaptar e acabou sendo cedido por empréstimo ao Boca Juniors.

 

Por outro lado, López, de 22 anos, ainda tem se adaptado ao Palmeiras e é tratado pelo clube como um atleta que deve alcançar sua plenitude nos próximos anos. Até por isso foi realizado um investimento considerado alto: US$ 10 milhões (R$ 50 milhões na cotação da época).

 

Para trazer um nome de fora com essas características, o Palmeiras entende que é mais inteligente abrir espaço para jovens vindos de suas categorias de base. Este é o mesmo pensamento que pode fazer com que Kevin, do time sub-20, seja mais aproveitado por Abel neste segundo semestre.

 

A mesma situação tem acontecido nos últimos meses com nomes como Jhon Jhon e Luis Guilherme. Então opções vindas da base, os dois garotos se tornaram figuras utilizadas com frequência entre os profissionais e são apontados como peças importantes no elenco alviverde.

 

Neste ano, o Palmeiras contratou apenas o volante Richard Ríos, do Guarani, e o meia-atacante Artur, que estava no Red Bull Bragantino.

 

No entendimento da comissão técnica, o primeiro chegou para suprir a ausência de Eduard Atuesta, que sofreu grave lesão no joelho e só deverá retornar no final do ano; e o segundo, para ocupar o espaço deixado por Gustavo Scarpa, também negociado com o Nottingham Forest.

 

Para este segundo semestre, o Palmeiras seguirá com a filosofia de valorização do elenco atual e de apostar em nomes vindo da base.

 

Na visão da entidade, são movimentos que ajudam a não comprometer a saúde financeira do clube e podem trazer visibilidade e rodagens às joias, que podem, por sua vez, fazer com o que o Alviverde lucre com possíveis vendas futuras

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