Palmeiras

Episódio de Lucas Lima não é suficiente para rescisão, mas gera revolta

Por Danilo Laviere Uol esporte

O flagra de Lucas Lima, sem máscara, no que seria, segundo a principal torcida organizada, uma balada clandestina, não é motivo suficiente para o Palmeiras rescindir o contrato do meio-campista, de acordo com opinião de quem manda no futebol.

 

Nessa narrativa, os vídeos e acusações por parte dos torcedores não são nem provas o suficiente para dizer que o meio-campista estava em uma festa e, ainda que fossem, não daria elementos para o clube fazer uma rescisão de justa causa do contrato milionário do atleta.

O estafe do jogador nega que ele tenha frequentado uma festa clandestina e diz que o local era apenas um restaurante, fato que nem a própria casa quis confirmar.

 

Se optasse por quebrar o acordo que tem até duração até 2022, o clube poderia correr o risco de perder na Justiça e ter que arcar com o pagamento do valor integral e até mesmo de uma eventual multa que aumentaria os gastos com o meio-campista. Neste cenário, a única forma de vê-lo sair seria caso o próprio pedisse a rescisão.

 

Por isso, o Palmeiras resolveu aplicar uma multa salarial no jogador e vai afastá-lo das atividades do grupo pelo tempo que entender necessário. A atitude do atleta gerou revolta em várias pessoas do clube.

 

O entendimento é que isso mostra falta de compromisso com a crise sanitária do país e ainda coloca em risco a saúde de seus colegas de trabalho, não só do grupo, mas também da Academia de Futebol. Recentemente, o clube perdeu dois funcionários no mesmo dia por covid-19. Para piorar, ele ainda não apresenta um bom futebol, o que reforça a falta de compreensão do momento dele no Alviverde.

 

Até mesmo com Luiz Adriano, que vive fase muito melhor dentro de campo, houve revolta por ele ter ido ao supermercado com a mãe mesmo sabendo que estava contaminado.

 

Lucas Lima tem um dos contratos mais caros não só do Palmeiras, mas do país. Ele desembarcou com salário inicial de R$ 600 mil só na carteira assinada, com aumento de R$ 50 mil por temporada. O meio-campista ainda ganha R$ 15 mil a cada partida que entra em campo como produtividade. O valor aumenta ainda mais considerando os R$ 15 milhões de luvas e direitos de imagem que são pagos de forma diluída nos 60 meses de contrato no total

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