Palmeiras

“Abel Ferreira não consegue fazer o Palmeiras jogar de outra maneira”, avalia jornalista

No podcast Posse de Bola #134, Mauro Cezar Pereira nega que o problema do Palmeiras seja o elenco e afirma que está ficando mais evidente a dificuldade que o técnico Abel Ferreira tem de fazer com que o time consiga jogar de outra forma além da reativa, explorando os contra-ataques e a velocidade de Rony, que rendeu ao clube os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil.

 

“Está mais do que claro que o Abel Ferreira é incapaz de fazer o time dele jogar de outra maneira. O que explica o jogo do CRB, por exemplo? Um time que joga desesperado, criando situações na base do abafa o tempo todo, com o Scarpa chutando mais de dez vezes contra o gol. Por que? Porque o time não tem jogadas”, diz Mauro Cezar.

 

“Essa jogada do gol do Corinthians, aliás, muito bem construída, uma bela jogada do gol do Corinthians, dificilmente o Palmeiras faz, mas pelo tempo de trabalho do técnico e pela qualidade dos jogadores, o Palmeiras deveria ser capaz de encontrar espaços para trabalhar uma bola contra uma defesa fechada como a do CRB e alguém chegar em condições de fazer o gol. Mas não, é volume com afobação, com 300 bolas jogadas na área sem um centroavante alto. Chama o Deyverson então para jogar de novo, já que está disponível”, completa.

 

Na opinião do jornalista, a gratidão pelos títulos conquistados pelo treinador acabam causando uma blindagem por parte de torcedores e até de jornalistas, além de citar que o elenco era responsabilizado pela dificuldade de criação nos tempos do antecessor Vanderlei Luxemburgo, o que volta a ocorrer com Abel.

 

“O Palmeiras é um desperdício de novo de material humano. Dá para fazer coisa melhor? É evidente que dá para fazer coisa melhor, é claro que dá para fazer coisa melhor. [?] Quando tem a bola é um problema, porque o time não sabe muito bem o que fazer com ela, porque não é treinado para isso”, diz Mauro.

Esse mesmo argumento era apresentado pelo Vanderlei Luxemburgo e muita gente não concordava com o Luxemburgo, eu inclusive. O problema não era o elenco, era o técnico. Agora mudou? O elenco é o mesmo. Talvez uma mudança ou outra aqui e ali, mas a espinha dorsal, o grosso do elenco é o mesmo que o Luxemburgo tinha há um ano. O que mudou? Mudou que o time foi campeão, de fato, com uma forma de jogar que funcionou para aquelas duas competições, mesmo com alguns acidentes de percurso que chamavam já a atenção”, conclui.

 

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