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Temos de ter equilíbrio”, Galiotte fala sobre procura do Palmeiras por reforços e detalha finanças

Além do meio-campista Danilo Barbosa, o Verdão já buscou alternativas para o plantel de Abel Ferreira, principalmente para o ataque. Nenhuma das negociações mais recentes, porém, foi concretizada.

 

 

“Importante falar ao torcedor. Todos os times no mundo precisam de reforços, o Palmeiras não é diferente. O fato é que contratar não é tão simples. Precisamos de algumas avaliações. Primeiro temos de entender onde está a carência. Depois desta análise, vemos se nas categorias de base temos jogadores para atender a demanda. Então vamos ao mercado e aí precisamos de muita responsabilidade. Vocês veem exemplos de vários clubes no Brasil que acabam fazendo coisas em termos de investimento e comprometem o clube por vários anos”, disse Galiotte, em entrevista à Rádio 9 de Julho.

 

 

Principalmente por causa da conquista da Libertadores, confirmada em janeiro, o Verdão apresentou superávit de R$ 58,9 milhões no primeiro bimestre de 2021. A projeção do clube, porém, é de mais uma temporada de dificuldade financeira, igualmente ruim ou até pior que a de 2020.

 

 

“Precisamos de responsabilidade financeira, o gestor precisa ser responsável. Eu também sou torcedor, quero um time imbatível também. Mas temos de ter equilíbrio. O gestor é torcedor. O torcedor não necessariamente é gestor, ele quer ganhar. Nós também, mas temos de ter ponderação. Estamos ainda atravessando um momento delicado, de pandemia”.

 

 

“O Allianz Parque está fechado, caíram Avanti e o número de sócios no clube, o que é natural pelas dificuldades. É um grupo ainda de qualidade, o mesmo que conquistou títulos na temporada passada. Temos de pensar em melhorar, em algo mais. Em ter sempre um time melhor do que o de hoje. Seria muito simples, faltam seis meses para acabar meu mandato. Sair contratando seria irresponsável de minha parte, porque criaria um problema para o Palmeiras. A situação financeira é delicada”, afirmou Galiotte.

Além da queda de receitas motivada pela pandemia, o Verdão tem dívidas de gestões anteriores a serem pagas. Uma delas, o acordo de quase R$ 50 milhões pela contratação do meio-campista Wesley, em 2012

“O Palmeiras tem uma situação econômica equilibrada. O palmeirense não precisa se preocupar com a situação financeira nos próximos anos. Temos um ativo intangível com os jogadores que revelamos. Com dois ou três jogadores temos uma situação absolutamente equilibrada e tranquila para os próximos meses. É fato. Atravessamos uma pandemia e ainda estamos, com 25%, 30% das receitas reduzidas no ano passado e se repete neste ano. Eu poderia fazer algo aqui para se definir no futuro e alguém paga um dia. Mas não vou fazer, vou trabalhar de maneira responsável”, afirmou o dirigente.

 

 

“Estou pagando uma conta de R$ 50 milhões de um jogador comprado em 2012. Na segunda-feira tenho de pagar o boleto. Estou pagando ao Angeloni, estava em R$ 60 milhões, fizemos um acordo para R$ 48 milhões… eu poderia contratar com este dinheiro? Poderia, mas tenho compromisso. Isto vem de 2012. Agora tem que pagar, alguém ia pagar em algum momento. Ninguém levantou a mão. É do clube. São situações importantes para que todos saibam. O Palmeiras é eterno, temos de ter equilíbrio, responsabilidade e saber o que estamos fazendo”.

 

 

Para equilibrar as contas, o Palmeiras deve negociar pelo menos um de seus destaques na abertura da janela de transferências para o mercado do exterior. Atletas como Patrick de Paula, Gabriel Veron, Gabriel Menino e Danilo são constantemente especulados como alvos de clubes da Europa.

 

 

Mas o elenco comandado por Abel Ferreira terá também novidades nos próximos meses. Depois de Deyverson, que já foi reintegrado, o Verdão conta com o retorno de Dudu a partir do dia 2 de julho – ele só deve ser liberado para atuar novamente com a camisa palmeirense em agosto.

 

 

 

Outro que pode ser aproveitado é Miguel Borja, emprestado ao Junior Barranquilla. O clube colombiano tem até o fim de junho para acertar a compra do atacante. Se não houver acordo, o atleta vai ficar novamente à disposição.

 

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