Quem são os envolvidos e como foi o golpe que fez jogadores do Palmeiras perderem quase R$ 11 milhões
Fonte Espn Francisco de Laurenttis
O lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e o meia Gustavo Scarpa, ex-jogador do Verdão e atualmente no Nottingham Forest, perderam mais de R$ 11 milhões em um investimento em criptomoedas, feito em maio do ano passado em uma empresa indicada pela corretora WLJC, que tem o atacante Willian “Bigode”, atualmente no Fluminense, como um dos proprietários.
As empresas prometiam retornos de 3,5% a 5% ao mês nos investimentos. No entanto, quando os atletas tentaram resgatar o dinheiro, não tiveram sucesso. Dessa forma, eles procuraram a Justiça para reaver as quantias e rescindir os contratos.
A notícia foi dada primeiramente pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, e confirmada pela ESPN.
A ESPN teve acesso aos processos que Mayke e Scarpa movem contra três empresas. São elas:
Xland: “Por não realizar o pagamento no prazo determinado no contrato e não fornecer qualquer notícia acerca do dinheiro investido, tampouco realizar os pagamentos e devolução do valor”
WLJC: “Por ter indicado os serviços e ainda atuar como parceira comercial atraiu a responsabilidade solidária e deve responder, igualitariamente, pelos danos causados”
Soluções Tecnologia Eireli: “Por ser a responsável pelo recebimento e transformação da moeda corrente para criptomoedas, age em parceria com a ré Xland e deve responder pela devolução e ressarcimento”
O processo de Scarpa corre na 10ª Vara Cível de São Paulo. O meio-campista alega que o prazo para a devolução do dinheiro era 19 de agosto do ano passado, o que não ocorreu. Com isso, ele pede a rescisão dos contratos assinados e o ressarcimento dos R$ 6.300.000,00 investidos.
Já o caso de Mayke está na 14ª Vara Cível da capital paulista. Ele também pede as rescisões contratuais e a devolução de seu investimento de R$ 4.583.789,31, o que deveria ter sido feito em 12 de outubro de 2022
O lateral-direito ainda exige o pagamento de R$ 3.250.443,30, que seria a rentabilidade do período, dando um valor total à causa de R$ 7.834.232,61.
Nas duas ações, os jogadores ainda pedem à Justiça que “seja realizado bloqueio e arresto de valores depositados em contas bancárias, bens móveis e imóveis, ativos financeiros alocados em agências de exchanges de criptomoedas, corretoras de valores, dentre outros bens possíveis e passíveis de penhora em nome das rés”, a fim de “resguardar o integral cumprimento” dos valores devidos.
Procurada, a assessoria de Willian “Bigode” ressaltou que o atacante também teve prejuízos com a empresa de criptomoedas, mas salientou que o jogador não se pronunciará neste momento.