Menon: “Abel Ferreira não vai deixar legado algum ao futebol brasileiro”

Em seguida, Abel minimizou o caso e disse ter uma relação “extraordinária” com o dirigente. No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte – com os jornalistas Isabela Labate, Mauro Cezar Pereira, Renato Maurício Prado e Menon – a troca de farpas entre Abel e Galiotte esteve no centro das discussões. Para os comentaristas, o treinador dá sinais de desgaste.

Mauro concorda. “Abel é um treinador comum e tem outra característica comum que alguns portugueses têm aqui no Brasil que é a chamada visão do colonizador. Os caras se acham muito. O [Jorge] Jesus [ex-treinador do Flamengo] tinha isso, e o Abel, pior ainda. Falam com ar de superioridade, como se tivessem inventado a bola. Ele deixa uma história no Palmeiras e deixa um legado: títulos importantes e históricos. Para o futebol brasileiro, zero”, criticou.

Para Menon, Abel entrou para a história do Palmeiras pelos títulos conquistados, mas isso não significa que ele ficará marcado dentro do cenário nacional. “Não vejo de interessante que ele deixa para o futebol brasileiro, um legado de qualidade. É sempre a bola esticada. Acho um treinador comum. Devo reconhecer que está na história do Palmeiras, porque conquistou uma Libertadores depois de duas décadas. É um treinador como muitos dos nossos aqui”, disse.

Na visão de Mauro, as reclamações de Abel sobre o elenco do Palmeiras criam um clima ruim entre ele e os jogadores. “As declarações dele estão desqualificando o elenco do Palmeiras, que é muito bom. Ele começa a repetir o discurso do seu antecessor, Vanderlei Luxemburgo, que também pedia jogadores, e joga para cima da diretoria. O Palmeiras oferece condições de trabalho e elenco muito melhores do que ele já teve na vida. Quando ele fala dessa maneira, desmerece o elenco. Se eu fosse jogador, não ia gostar. Isso tumultua bastante o ambiente”, apontou.

Renato acha que não há motivos para tantas reclamações de Abel. “É fortíssimo o time. Está reclamando de boca cheia e arrumando desculpa. Não me conformo com essa revolta toda. Bota o Abel para treinar o Vasco para ele ver o que é ter um elenco complicado na mão”, completou.