Cobrança de Abel Ferreira por reforços gera incômodo na diretoria
A nova cobrança de Abel Ferreira pela falta de reforços gerou um incômodo na cúpula do Palmeiras. A reclamação, porém, não interfere na confiança do clube no treinador português, nem estão sendo cogitadas mudanças. A meta é contornar o caso e seguir o trabalho na Academia de Futebol.
Depois da derrota para o Red Bull Bragantino, nesta quarta-feira, Abel adotou um tom mais duro sobre a falta de reforços e disse que perdeu a esperança por novas contratações
um tom mais duro sobre a falta de reforços e disse que perdeu a esperança por novas contratações.
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A direção, por sua vez, viu a exposição de um caso que já considerava resolvido com o treinador, pois este foi um tema tratado anteriormente com ele. Há preocupação com a saúde financeira do clube em mais uma temporada marcada pela crise financeira provocada pela pandemia do coronavírus.
A projeção é de queda de receitas e até mais um ano com déficit – o Palmeiras fechou 2020 com prejuízo de cerca de R$ 150 milhões. Para equilibrar as contas ou minimizar perdas, o clube conta com pelo menos uma venda de um dos destaques na abertura da janela de transferências para o exterior.
Há, também, o incômodo pelo fato de a falta de reforços ser muito mais citada em derrotas do que análises de estratégias que não funcionaram na partida. Entre os comentários na cúpula depois da entrevista, houve a lembrança de que mesmo sem reforços se esperava uma vitória sobre o CRB na Copa do Brasil, já que o grupo é o mesmo que levantou três taças na temporada passada
A mudança no tom em uma semana também foi citada internamente, já que Abel disse ter “os melhores jogadores do mundo” após a vitória sobre o Juventude, e depois do tropeço em Bragança Paulista (SP) voltou a cobrar por reforços.
A posição no Palmeiras, porém, é de que apesar do desabafo do treinador, nada vai mudar e a confiança no trabalho permanece para que o time continue em busca tanto do título brasileiro quanto da Copa Libertadores.
Uso da base também preocupou Abel
Pelo lado do técnico, não é apenas a ausência de reforços do Palmeiras para a atual temporada que preocupa. A quantidade de atletas jovens no elenco profissional também já foi tema abordado pelo departamento de futebol no dia a dia da Academia de Futebol.
Antes da cobrança pública, o assunto já havia sido debatido pela diretoria. Durante o Paulistão, o Verdão deu mais espaço para os jovens, e atletas como Garcia (19 anos), Fabinho (19 anos), Michel (18 anos) e Giovani (17 anos) foram alguns dos que ganharam espaço. Na atual temporada, o técnico já relacionou 26 jogadores formados pelo clube e usou 20 deles.
Houve, porém, uma preocupação interna para não se queimar etapas na formação dos atletas, principalmente após revelar talentos como Patrick de Paula, Gabriel Menino, Danilo e Gabriel Veron na temporada passada e que, mesmo mais experientes, ainda mostram irregularidade no time profissional
Antes da cobrança pública, o assunto já havia sido debatido pela diretoria. Durante o Paulistão, o Verdão deu mais espaço para os jovens, e atletas como Garcia (19 anos), Fabinho (19 anos), Michel (18 anos) e Giovani (17 anos) foram alguns dos que ganharam espaço. Na atual temporada, o técnico já relacionou 26 jogadores formados pelo clube e usou 20 deles.
Houve, porém, uma preocupação interna para não se queimar etapas na formação dos atletas, principalmente após revelar talentos como Patrick de Paula, Gabriel Menino, Danilo e Gabriel Veron na temporada passada e que, mesmo mais experientes, ainda mostram irregularidade no time profissional
No mercado, a diretoria palmeirense negociou as contratações do lateral Francisco Ortega, do meio-campista Eduard Atuesta e dos atacantes Rafael Santos Borré, Valentín Castellanos e Ademir. Nenhuma das tentativas foi concretizada, e houve a conversa com a comissão técnica sobre os problemas financeiros de um ano atípico.
Depois de uma reclamação pública de Abel, em abril, Anderson Barros afirmou que o Palmeiras contrataria reforços. De lá para cá, o clube teve o retorno de Deyverson, conta com a reapresentação de Dudu em julho e mudou de ideia sobre o aproveitamento de Alan Empereur – a permanência do zagueiro era um desejo da comissão técnica, mas ele não foi contratado em definitivo por conta dos valores envolvidos.
Existe a possibilidade, também, de o clube ter o retorno de Borja, que está no fim de seu empréstimo com o Junior Barranquilla, da Colômbia. A equipe ainda não fez a oferta que promete enviar para manter o centroavante, que está disputando a Copa América com sua seleção