Órgão que regula o futebol diz que gol de Dudu não deveria ser anulado
Fonte Uol Esporte
Órgão que regula as regras do futebol, a Ifab (International Board) afirmou, em nota que o UOL teve acesso, que o gol de Dudu no empate entre Palmeiras e Atlético-MG não deveria ser anulado.
O lance passou a ser contestado por uma invasão de campo do atacante Deyverson, reserva do clube paulista, durante a jogada do gol palmeirense. Ele entrou pela lateral do gramado quando a bola estava perto da linha de fundo e ficou longe da disputa
De acordo com as regras da CBF, vinculadas à Fifa, uma jogada nestas condições é passível de anulação quando “o árbitro perceber” a existência de uma “pessoa extra” da equipe que fez o gol dentro do campo. Neste caso, “o jogo deve ser reiniciado com um tiro livre direto, executado do local em que a pessoa extra estava”.
O texto, no entanto, cita um ponto que pode validar o lance: “se, após a marcação de um gol e após o jogo haver sido reiniciado, o árbitro perceber que uma pessoa extra estava em campo no momento em que o gol foi marcado, o gol não pode ser invalidado”.
Em nota assinada por David Elleray, diretor da Ifab, a entidade afirma que “os árbitros devem sempre aplicar o ‘espírito’ e a ‘intenção’ da regra. A interpretação do ‘espírito’ e da ‘intenção’ da regra exige que os árbitros avaliem a intenção do jogador ou o impacto da ação do jogador no jogo”.
O órgão ainda avalia que “a entrada do reserva (no caso, Deyverson) no campo de jogo não parece ter sida feita com a intenção de interferir no jogo, nos jogadores ou distrair a arbitragem”. “Em vez disso, ele parece totalmente motivado pela emoção do momento em que sua equipe marca um gol decisivo ou parece ser ‘involuntário’.”
Em resumo, o gol não deve ser anulado quando o reserva que invadir o campo não tiver intenção, quando não afetar o jogo e quando for movido pela emoção e excitação do momento. A Ifab diz por fim que anular o gol “seria uma forte violação do ‘espírito’ e da ‘intenção’ da regra”.