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Após críticas de Abril Ferreira, Palmeiras pode exigir jogos no Allianz ?

O técnico Abel Ferreira reacendeu a polêmica do Allianz Parque no último domingo, criticando a impossibilidade do Palmeiras de receber partidas no estádio. Essa foi a terceira vez neste Brasileirão que o clube enfrentou problemas devido a choque de datas com shows programados em sua própria casa. Mas o que o clube pode fazer para mudar essa situação? As críticas do treinador, a insatisfação da torcida e o acúmulo de partidas na Arena Barueri levantam questionamentos sobre as ações do Verdão para atender a essas demandas. O Palmeiras pode exigir jogos no Allianz Parque? É possível embargar shows? E quanto à falta de pagamento das receitas acordadas? Tanto Abel Ferreira quanto a presidente, Leila Pereira, têm feito críticas recorrentes à situação do estádio. No entanto, o Palmeiras explica que, de acordo com o contrato de concessão, a WTorre tem o direito de decidir o calendário, as prioridades e quando o clube poderá utilizar o estádio. O Palmeiras não pode exigir a realização de jogos no Allianz Parque nem embargar a realização de shows já marcados. Diante disso, o clube segue adotando as mesmas ações: conversar, negociar e buscar soluções junto à empresa para evitar mudanças para Barueri quando o cronograma permitir. Como aconteceu na reta final do Brasileiro de 2023, quando o clube aceitou público reduzido e acelerou a desmontagem de palcos para usar o estádio em confrontos decisivos na busca pelo título.

 

Procurada pela reportagem, a WTorre não se posicionou até o momento desta publicação. Em caso de retorno, esta matéria será atualizada.

 

Há também uma disputa nos tribunais entre o Palmeiras e a Real Arenas, braço da WTorre responsável pela administração do estádio, mas por outro motivo: a falta de pagamento de receitas. O Palmeiras cobra cerca de R$ 160 milhões, valor atualizado em fevereiro, por falta de repasses acumulados desde 2015, e a ação segue em trâmite, correndo em segredo de Justiça. Esses valores aumentam à medida que a disputa não se resolve e os eventos continuam ocorrendo no estádio. Aberta em 2017, ainda na gestão do então presidente Maurício Galiotte, a ação cobra receitas referentes à locação para shows, exploração de áreas como lanchonetes e estacionamentos, além de locações de cadeiras, camarotes e naming rights. O valor ao qual o Palmeiras tem direito aumenta ao longo dos 30 anos de parceria. A Real Arenas reconhece o débito, mas discorda dos valores alegados pelo Palmeiras e afirma ter direito a receber outra verba do próprio clube. A construtora busca discutir esses números na Corte Arbitral, enquanto o Verdão cobra na Justiça Comum. A diferença de âmbito jurídico existe porque o Palmeiras alega que a WTorre apresenta relatórios mensais detalhando as receitas que o clube tem direito a um percentual, e assim entende que o tema não pode ser tratado na arbitragem, onde parceiros negociam assuntos em que há divergência de interpretação contratual.

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